quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fabula A Mula



Uma mula, sempre folgada por não trabalhar e, ainda sim ganhar generosas quantidades de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era toda vaidosa, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante sempre fala consigo mesma:

_ Meu pai, com certea, foi um grande e belo raça pura. Fico orgulhosa por ter herdado todo o seu espiríto, graciosidade, resistência e beleza.

 Pouco tempo depois, ao ser levada como um simples animal de carga e já cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:

_ Eh... Talvez eu tenha cometido um erro de avaliação! Meu pai pode ter sido apenas um simples burro de carga.

Moral Da História

 Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Fábula O Pescador e o Peixinho



Um pobre Pescador, que vivia daquilo que pescava, teve a pouca sorte de, depois de passar o dia todo à pesca, não ter apanhado mais do que um pequeno Peixinho. Quando se preparava para o pôr no cesto, o Peixinho disse:

— Por favor, liberta-me, Pescador. Sou muito pequeno para me comeres agora. Se me libertares, crescerei e poderás fazer nessa altura uma refeição bem melhor comigo.


Mas o pescador pôs rapidamente o Peixinho no cesto dizendo:

— Muito tonto eu seria se te deixasse ir. Por muito pequeno que sejas, és melhor do que nada.

Fábula em vídeo:





quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fábula A Raposa e o Porco Espinho


Fábula a Raposa e o Porco Espinho


Uma Raposa, nadando para atravessar um rio, foi surpre-endida por uma forte corrente e só a muito custo conseguiu alcançar a margem oposta, onde caiu exausta e quase sem fôlego.

Pouco tempo depois, veio um enxame de moscas sugadoras de sangue e pousaram-lhe em cima. Ainda demasiado fraca para fugir, a Raposa deixou-se estar quieta.

Então aproximou-se um Porco-Espinho, que lhe disse:

— Deixa-me espantar essas moscas para longe!

— Não, não — exclamou a Raposa —, não as perturbes. Elas já sugaram tudo o que precisavam. Se as espantares, virá ou-tro enxame faminto para me sugar o pouco sangue que me resta!

Fábula As Duas Cabras


Fábula As Duas Cabras


Duas Cabras, brincando alegremente sobre as pedras na parte mais alta de um vale montanhoso, encontravam-se se-paradas por um abismo, em cujo fundo corria um caudaloso rio que descia das montanhas. O tronco de uma árvore caída era o único e estreito meio de atravessar de um lado para ou-tro do despenhadeiro, e nem mesmo dois pequenos esquilos seriam capazes de cruzá-lo ao mesmo tempo com seguran-ça. Aquele estreito e precário caminho era capaz de ame-drontar mesmo o mais valente dos que quisessem atravessar. Exceto aquelas duas Cabras. Mas o orgulho de cada uma não permitia que se deixasse ficar atrás da outra.

Uma resolveu então pôr um pé no estreito tronco, e logo a outra lhe seguiu o exemplo. Pé ante pé, acabaram por se en-contrar frente a frente a meio da travessia. Como nenhuma das duas mostrava disposição de ceder caminho à adver-sária, acabam por lutar uma com a outra e, caindo ambas no abismo, foram arrastadas pela corrente.



Fábula em vídeo



Fábula a Águia e a Gralha


A Águia e a Gralha


Uma Águia, saindo do ninho no alto de um penhasco, num voo picado, capturou uma ovelha e levou-a presa nas garras.

Uma Gralha, que assistira a essa cena, cheia de inveja, de-cidiu que poderia fazer o mesmo. Voou para o alto, tomou impulso e, com grande velocidade, atirou-se sobre uma Ove-lha com a intenção de também a levar pelos céus. Mas as suas garras, pequenas e fracas, acabaram por ficar emba-raçadas no espesso manto de lã do animal, e isso impediu-a inclusive de se soltar, embora o tentasse com todas as suas forças.

O Pastor das ovelhas, vendo o que estava a acontecer, aproximou-se e capturou-a. Feito isso, cortou-lhe as asas para que não pudesse voar, e à noite levou-a para casa e deu-a aos filhos.

— Pai, que espécie de pássaro é este? — perguntou um deles.

— É uma Gralha, meu filho. Mas se lhe perguntares, ela dirá que é uma Águia.


Fábula em vídeo




Fábula A Raposa e o Corvo

Fábula A Raposa e o Corvo


 Um Corvo apanhou um queijo, e, fugindo com ele, pousou em cima de uma árvore. Uma Raposa, ao vê-lo, desejou co-mer-lhe o queijo. Pôs-se então ao pé da árvore e começou a dizer ao Corvo:

— Vê-se bem que és formoso e gentil, e poucos pássaros há-verá que te ganhem. És bem-disposto e muito galante; se por acaso soubesses cantar, nenhuma ave se compararia conti-go.

 Envaidecido com estes elogios e desejando fazer boa figura, o Corvo levantou o pescoço para cantar; porém, abrindo o bico, caiu-lhe o queijo. A Raposa apanhou-o e foi-se embora, ficando o Corvo faminto e ciente da sua própria ignorância.


Moral da história

 Os que se deixam convencer com palavras lisonjeiras, como eram as desta Raposa, não é de admirar que cometam os maiores desatinos, como o Corvo fez. Quem, sem ter qualidades, vê louvar-se, entenda que não são louvores, senão laços que lhe armam para o enganarem; porque palavras dóceis são sempre suspeitosas, e quanto melhor se aceitam, mais prejudiciais são. São engodo que o caçador faz para nos apanhar e por meio desse ardil vem a alcançar de nós o que desejava.

Fábula em vídeo



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Fábula A Formiga e a Pomba

Fábula A Formiga e a Pomba

Fábula Em Vídeo



Fábula Escrita

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. 

Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. 

A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem. 

Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo. 

A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. 

Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo.


A Raposa e As Uvas (+ Vídeo)


Fábula A Raposa e As Uvas

Chegando uma Raposa a uma parreira, viu-a carregada de uvas maduras e formosas e cobiçou-as. Começou a fazer tentativas para subir; porém, como as uvas estavam altas e a subida era íngreme, por muito que tentasse não as conseguiu alcançar. Então disse: 

— Estas uvas estão muito azedas e podem manchar-me os dentes; não quero colhê-las verdes, pois não gosto delas assim. 

 E, dito isto, foi-se embora


Moral da história


 Homem avisado, coisas que não pode alcançar, deve mostrar que não as deseja; quem encobre as suas faltas e desgostos não dá gosto a quem lhe quer mal nem desgosto a quem lhe quer bem; e que seja isto verdade em todas as coisas, tem mais lugar nos casamentos, que desejá-los sem os haver é pouquidade, e sizo mostrar o homem que não lhe lembram, ainda que muito os cobice.

Histórinha Em Vídeo


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Fábula O Ladrão e o Cão De Guarda

Fábula O Ladrão e o Cão De Guarda

Um ladrão, desejando entrar à noite numa casa para a roubar, deparou-se com um cão que com os seus latidos o impedia. O cauteloso ladrão, para apaziguar o Cão, lançou-lhe um bocado de pão. Mas o Cão disse:

— Bem sei que me dás este pão para que eu me cale e te deixe roubar a casa, não porque gostes de mim. Mas já que é o dono da casa que me sustenta toda a vida, não vou deixar de ladrar enquanto não te fores embora ou até que ele acorde e te venha afugentar. Não quero que este bocado de pão me custe morrer de fome o resto da vida.

Moral da História

 Quem se fia em palavras lisonjeiras, acha-se no fim enganado. Mas quem suspeita das ofertas e das palavras de lisonjeio, não se deixa enganar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Fábula O Conselho Dos Ratos

Fábula De Esopo O Conselho Dos Ratos

Os Ratos resolveram organizar um conselho para planearem uma forma de se livrarem do seu pior inimigo, o Gato. Desejavam pelo menos descobrir uma forma de saberem com antecedência quando ele estava por perto, a fim de terem tempo de fugir. Com efeito, algo teria de ser feito, pois viviam constantemente com medo das suas garras.

Muitas ideias foram apresentadas, mas nenhuma delas parecia suficientemente boa. Por fim, o Rato mais jovem levantou-se e disse:

— Tenho um plano muito simples, mas que sei que terá sucesso. Tudo o que teremos de fazer é pendurar um sininho no pescoço do Gato. Assim, ao ouvirmos o tilintar do sino, saberemos que o nosso inimigo se está a aproximar.

Todos os ratos ficaram surpreendidos por não terem pensado nisso antes. Mas contrariando o entusiasmo reinante, um velho Rato disse então:

— Meus amigos, acho que o plano do jovem Rato é realmente muito bom. Mas deixai-me fazer uma pergunta: quem entre nós prenderá o sininho no pescoço do Gato?

O Conselho Dos Ratos


Fábula O Lobo e o Cão

Fábula O Lobo e o Cão

Encontrando-se um Lobo e um Cão num caminho, disse o Lobo:

— Tenho inveja, companheiro, de te ver tão gordo, com o pescoço grosso e o cabelo luzidio; eu ando sempre magro e desgrenhado.

Respondeu o Cão: 

— Se fizeres o que eu faço, também tu engordarás. Estou numa casa onde gostam muito de mim, dão-me de comer, tratam-me bem; e só tenho de ladrar quando sinto ladrões de noite. Por isso, se quiseres, vem comigo que terás outro tanto.

O Lobo aceitou e lá foram. Mas no caminho disse o Lobo: 

— O que é isso, companheiro, que te vejo o pescoço esfolado?

Respondeu o Cão: 

— Para que durante o dia não morda os que entram em casa, prendem-me com uma corrente. De noite soltam-me até de manhã, quando tornam a prender-me. 

— Não quero a tua fartura — respondeu o Lobo. — A troco de não estar preso, antes quero trabalhar e passar fome, mas ser livre. 

E dizendo isto foi-se embora.


Moral da História 

Não há prata nem ouro que valham mais do que a liberdade, e quem a estima faz o que fez este Lobo, que escolhe antes trabalhos e fome que perdê- la. Comedores negligentes e sem préstimo não prezam ser livres, desde que comam o pão, e tais são representados nesta Fábula pelo Cão. 

Fábula De Esopo O Lobo e o Cão

Fábula O Cavalo e o Burro

O Cavalo e o Burro

Um Cavalo, ricamente ajaezado de seda e ouro de muito valor, encontrou no caminho um Burro carregado e disse-lhe cheio de altivez:

— Animal inconveniente, porque não me cedes lugar e te desvias para que eu passe?

O pobre Burro calou-se e suportou a ofensa. 

Alguns dias depois, o Cavalo torceu uma pata e começou a mancar. O seu dono retirou-lhe por isso os ricos arreios e pôslhe uma albarda para servir como animal de carga.

O Burro encontrou-o então carregado de esterco, e disse-lhe: 

— Onde vais, irmão? Onde está a tua soberba? Porque não pedes agora que me arrede, como fazias noutro tempo?


 Moral da história

 Que ninguém despreze os pequenos e pobres por se ver bem alimentado e bem vestido ou com honras e ofícios; porque se mudam as venturas e estados, e a soberba passada não serve mais que de vergonha e injúria presente.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Fábula O Galo e a Raposa


 A fábula do Galo e a Raposa e sua lição de moral para você levar para vida toda. Veja essas e muitos outros contos de esopo aqui no site!

Fábulas De Esopo O Galo e a Raposa
O Galo e a Raposa

Fugindo de uma Raposa, algumas Galinhas e o seu Galo subiram a uma árvore. A Raposa, vendo que ali não os podia alcançar, quis usar de cautela, e disse ao Galo:

 — Podes descer com segurança, que acabou de se proclamar a paz universal entre todas as aves e animais. Portanto desce e vamos festejar este dia.

O Galo percebeu que era mentira, mas com dissimulação respondeu:

— Essas novidades por certo são boas e alegres, mas vejo além três cães a chegar; deixemo-los chegar e todos juntos festejaremos. 

A Raposa, sem mais esperar, encolheu-se dizendo: 

— Tenho medo que eles ainda o não saibam e me matem. 

E depressa se pôs a fugir, ficando as Galinhas seguras.   


Moral da história

 Um cravo tira outro cravo. Por este Galo pode entender-se o homem ajuizado que, quando outro com palavras o quer enganar, dissimula, fingindo que não o entende, e com palavras brandas se defende. Que se o falso encontra homem avisado, quase sempre cai nos laços que armou.


Fábula o Lobo e o Cordeiro


 Confira a fábula do Lobo e o Cordeiro, um dos contos mais famosos de Esopo com uma boa lição de moral no fim para que aprenda.
Fabulas De Esopo - O Lobo e o Cordeiro
O Lobo e o Cordeiro

Estava um Lobo a beber água num ribeiro, quando avistou um Cordeiro que também bebia da mesma água, um pouco mais abaixo. Mal viu o Cordeiro, o Lobo foi ter com ele de má cara, arreganhando os dentes. 

— Como tens a ousadia de turvar a água onde eu estou a beber? 

Respondeu o cordeiro humildemente: 

— Eu estou a beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a água. 

— Ainda respondes, insolente! — retorquiu o lobo ainda mais colérico. — Já há seis meses o teu pai me fez o mesmo. 

Respondeu o Cordeiro: 

— Nesse tempo, Senhor, ainda eu não era nascido, não tenho culpa. 

— Sim, tens — replicou o Lobo —, que estragaste todo o pasto do meu campo. 

— Mas isso não pode ser — disse o Cordeiro —, porque ainda não tenho dentes. 

O Lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e comeu.

 Moral da história 

Claramente se mostra nesta Fábula que nenhuma justiça nem razões valem ao inocente para o livrarem das mãos de um inimigo poderoso e desalmado. Há poucas cidades ou vilas onde não haja estes Lobos que, sem causa nem razão, matam o pobre e lhe chupam o sangue, apenas por ódio ou má inclinação.