segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Fábula O Ladrão e o Cão De Guarda

Fábula O Ladrão e o Cão De Guarda

Um ladrão, desejando entrar à noite numa casa para a roubar, deparou-se com um cão que com os seus latidos o impedia. O cauteloso ladrão, para apaziguar o Cão, lançou-lhe um bocado de pão. Mas o Cão disse:

— Bem sei que me dás este pão para que eu me cale e te deixe roubar a casa, não porque gostes de mim. Mas já que é o dono da casa que me sustenta toda a vida, não vou deixar de ladrar enquanto não te fores embora ou até que ele acorde e te venha afugentar. Não quero que este bocado de pão me custe morrer de fome o resto da vida.

Moral da História

 Quem se fia em palavras lisonjeiras, acha-se no fim enganado. Mas quem suspeita das ofertas e das palavras de lisonjeio, não se deixa enganar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Fábula O Conselho Dos Ratos

Fábula De Esopo O Conselho Dos Ratos

Os Ratos resolveram organizar um conselho para planearem uma forma de se livrarem do seu pior inimigo, o Gato. Desejavam pelo menos descobrir uma forma de saberem com antecedência quando ele estava por perto, a fim de terem tempo de fugir. Com efeito, algo teria de ser feito, pois viviam constantemente com medo das suas garras.

Muitas ideias foram apresentadas, mas nenhuma delas parecia suficientemente boa. Por fim, o Rato mais jovem levantou-se e disse:

— Tenho um plano muito simples, mas que sei que terá sucesso. Tudo o que teremos de fazer é pendurar um sininho no pescoço do Gato. Assim, ao ouvirmos o tilintar do sino, saberemos que o nosso inimigo se está a aproximar.

Todos os ratos ficaram surpreendidos por não terem pensado nisso antes. Mas contrariando o entusiasmo reinante, um velho Rato disse então:

— Meus amigos, acho que o plano do jovem Rato é realmente muito bom. Mas deixai-me fazer uma pergunta: quem entre nós prenderá o sininho no pescoço do Gato?

O Conselho Dos Ratos


Fábula O Lobo e o Cão

Fábula O Lobo e o Cão

Encontrando-se um Lobo e um Cão num caminho, disse o Lobo:

— Tenho inveja, companheiro, de te ver tão gordo, com o pescoço grosso e o cabelo luzidio; eu ando sempre magro e desgrenhado.

Respondeu o Cão: 

— Se fizeres o que eu faço, também tu engordarás. Estou numa casa onde gostam muito de mim, dão-me de comer, tratam-me bem; e só tenho de ladrar quando sinto ladrões de noite. Por isso, se quiseres, vem comigo que terás outro tanto.

O Lobo aceitou e lá foram. Mas no caminho disse o Lobo: 

— O que é isso, companheiro, que te vejo o pescoço esfolado?

Respondeu o Cão: 

— Para que durante o dia não morda os que entram em casa, prendem-me com uma corrente. De noite soltam-me até de manhã, quando tornam a prender-me. 

— Não quero a tua fartura — respondeu o Lobo. — A troco de não estar preso, antes quero trabalhar e passar fome, mas ser livre. 

E dizendo isto foi-se embora.


Moral da História 

Não há prata nem ouro que valham mais do que a liberdade, e quem a estima faz o que fez este Lobo, que escolhe antes trabalhos e fome que perdê- la. Comedores negligentes e sem préstimo não prezam ser livres, desde que comam o pão, e tais são representados nesta Fábula pelo Cão. 

Fábula De Esopo O Lobo e o Cão

Fábula O Cavalo e o Burro

O Cavalo e o Burro

Um Cavalo, ricamente ajaezado de seda e ouro de muito valor, encontrou no caminho um Burro carregado e disse-lhe cheio de altivez:

— Animal inconveniente, porque não me cedes lugar e te desvias para que eu passe?

O pobre Burro calou-se e suportou a ofensa. 

Alguns dias depois, o Cavalo torceu uma pata e começou a mancar. O seu dono retirou-lhe por isso os ricos arreios e pôslhe uma albarda para servir como animal de carga.

O Burro encontrou-o então carregado de esterco, e disse-lhe: 

— Onde vais, irmão? Onde está a tua soberba? Porque não pedes agora que me arrede, como fazias noutro tempo?


 Moral da história

 Que ninguém despreze os pequenos e pobres por se ver bem alimentado e bem vestido ou com honras e ofícios; porque se mudam as venturas e estados, e a soberba passada não serve mais que de vergonha e injúria presente.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Fábula O Galo e a Raposa


 A fábula do Galo e a Raposa e sua lição de moral para você levar para vida toda. Veja essas e muitos outros contos de esopo aqui no site!

Fábulas De Esopo O Galo e a Raposa
O Galo e a Raposa

Fugindo de uma Raposa, algumas Galinhas e o seu Galo subiram a uma árvore. A Raposa, vendo que ali não os podia alcançar, quis usar de cautela, e disse ao Galo:

 — Podes descer com segurança, que acabou de se proclamar a paz universal entre todas as aves e animais. Portanto desce e vamos festejar este dia.

O Galo percebeu que era mentira, mas com dissimulação respondeu:

— Essas novidades por certo são boas e alegres, mas vejo além três cães a chegar; deixemo-los chegar e todos juntos festejaremos. 

A Raposa, sem mais esperar, encolheu-se dizendo: 

— Tenho medo que eles ainda o não saibam e me matem. 

E depressa se pôs a fugir, ficando as Galinhas seguras.   


Moral da história

 Um cravo tira outro cravo. Por este Galo pode entender-se o homem ajuizado que, quando outro com palavras o quer enganar, dissimula, fingindo que não o entende, e com palavras brandas se defende. Que se o falso encontra homem avisado, quase sempre cai nos laços que armou.


Fábula o Lobo e o Cordeiro


 Confira a fábula do Lobo e o Cordeiro, um dos contos mais famosos de Esopo com uma boa lição de moral no fim para que aprenda.
Fabulas De Esopo - O Lobo e o Cordeiro
O Lobo e o Cordeiro

Estava um Lobo a beber água num ribeiro, quando avistou um Cordeiro que também bebia da mesma água, um pouco mais abaixo. Mal viu o Cordeiro, o Lobo foi ter com ele de má cara, arreganhando os dentes. 

— Como tens a ousadia de turvar a água onde eu estou a beber? 

Respondeu o cordeiro humildemente: 

— Eu estou a beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a água. 

— Ainda respondes, insolente! — retorquiu o lobo ainda mais colérico. — Já há seis meses o teu pai me fez o mesmo. 

Respondeu o Cordeiro: 

— Nesse tempo, Senhor, ainda eu não era nascido, não tenho culpa. 

— Sim, tens — replicou o Lobo —, que estragaste todo o pasto do meu campo. 

— Mas isso não pode ser — disse o Cordeiro —, porque ainda não tenho dentes. 

O Lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e comeu.

 Moral da história 

Claramente se mostra nesta Fábula que nenhuma justiça nem razões valem ao inocente para o livrarem das mãos de um inimigo poderoso e desalmado. Há poucas cidades ou vilas onde não haja estes Lobos que, sem causa nem razão, matam o pobre e lhe chupam o sangue, apenas por ódio ou má inclinação.